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A guerra entre Rússia e Ucrânia alcançou um novo patamar de tensão com o uso de mísseis de longo alcance. Nos últimos dias, a Ucrânia lançou mísseis americanos e britânicos contra alvos estratégicos no território russo, enquanto Moscou revisou sua doutrina nuclear para incluir ataques convencionais como justificativa para possíveis retaliações nucleares.
Na terça-feira, dia 19, a Ucrânia utilizou mísseis ATACMS, fornecidos pelos EUA, em um ataque à região de Bryansk. Segundo o Ministério da Defesa russo, cinco dos seis mísseis foram interceptados, mas os destroços causaram incêndios. Kiev, por sua vez, afirmou ter destruído um depósito de armas na área. No dia seguinte, novos relatos indicaram o uso dos Storm Shadows, mísseis britânicos com alcance superior a 250 km, em ataques à região de Kursk.
Os desdobramentos não passaram despercebidos no cenário internacional. Durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acusou o Ocidente de intensificar o conflito ao fornecer armamentos avançados à Ucrânia.
Na quinta-feira (21), o conflito ganhou novos contornos quando a Rússia foi acusada de lançar um míssil balístico intercontinental contra a cidade de Dnipro, na Ucrânia. Apesar das alegações ucranianas, autoridades ocidentais afirmaram que o armamento utilizado era provavelmente de alcance intermediário. Mesmo assim, o ataque destruiu instalações industriais e deixou feridos, ampliando a gravidade da guerra.
Além dos mísseis, outro fator complica o cenário: a presença de mais de 10 mil soldados norte-coreanos ao lado das forças russas, o que foi apontado pela Ucrânia como uma escalada alarmante.
O impacto humanitário da guerra é devastador. Em mil dias de conflito, mais de 12 mil pessoas morreram, cerca de 7 milhões tornaram-se refugiados e outros 3,5 milhões vivem desalojados dentro do território ucraniano. Segundo Matthias Schmale, coordenador da ONU em Kiev, a crise é a maior tragédia humanitária na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com a chegada do inverno agravando o risco de fome e mortes por frio.
Os desdobramentos recentes mostram que, a despeito dos esforços diplomáticos e das acusações mútuas, o conflito entre Rússia e Ucrânia continua escalando, com consequências globais cada vez mais preocupantes.