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Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, divulgados nesta terça-feira (5), confirmaram o que já era esperado: o Brasil ainda se encontra em um estágio inicial no quesito educação. O país ocupa a 65ª posição em matemática, 52ª em leitura e 62ª em ciências, entre 81 participantes.
Há quem diga que o resultado apontado pelo Pisa deve-se à pandemia, mas eu discordo. Se fosse por esse motivo, todos os países teriam um resultado ruim. A verdade é que o Brasil tem um longo caminho a percorrer para garantir educação de qualidade para todos.
Para isso, é preciso entender que educação é um investimento estratégico. E quando digo investimento, não estou falando somente de repasse de recursos financeiros. Estou falando de planejamento, monitoramento e avaliação, ou seja, do engajamento e comprometimento das pessoas e dos gestores no que concerne à educação de qualidade.
Isso significa ter professores qualificados, com salários justos, merenda escolar garantida, currículo adequado e alinhado às diretrizes e aos parâmetros curriculares (PCNs). Significa também investir em infraestrutura, como bibliotecas, laboratórios e salas de aula adequadas, ambiente seguro, garantia de aulas de idiomas, educação financeira e aulas de leitura/interpretação/argumentação nas séries iniciais e finais, assim como incentivo como as olimpíadas de matemática e outras tantas formas de educação libertadora como exploração dos métodos de estudo musical, corporal-cinestésica, linguística, educação transversal e várias possibilidades.
Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, dizia que “a educação é um ato de amor, um ato de amor revolucionário”. Ele acreditava que a educação é o caminho para a transformação social. Eu concordo com o pensamento de Freire e complemento dizendo que a educação é o caminho do desenvolvimento, da salvação do planeta e do futuro da próximas gerações não tão longínquas.
No Brasil, a educação ainda é desigual. Os alunos de escolas públicas têm menos acesso a recursos e oportunidades do que os alunos de escolas privadas. Isso contribui para o baixo desempenho dos alunos brasileiros no Pisa. Sem falar, é claro, da deficiência do ensino na educação de libras, quase inexistente nos currículos escolares.
É preciso romper com essa desigualdade. É preciso garantir educação de qualidade para todos, independentemente da classe social ou da região do país. Com isso garantir que futuros pesquisadores, escritores, doutores, entre outros que pensem no ser humano como elo entre a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável, entre entre a paz e a justiça social, entre a democracia e a liberdade.
A educação é o futuro do Brasil. É a chave para o desenvolvimento econômico e social do país. Já passou da hora de entendermos que a educação é o caminho para um mundo mais justo, mais pacífico e mais sustentável.